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Opinião: P.S., Ainda te Amo, de Jenny Han


PS. - Ainda te Amo
de Jenny Han
 
Edição/reimpressão: 2016
Páginas: 272
Editor: Topseller





Resumo:  
Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito atribulada, pelo menos na sua imaginação. Ela jamais imaginou que as cartas que escreveu a despedir-se dos rapazes por quem se apaixonou, mas a quem nunca teve coragem de confessar o seu amor, chegassem às mãos dos seus destinatários. E por causa disso meteu-se numa grande confusão. Para escapar à vergonha, começou um namoro a fingir com o Peter Kavinsky.
Lara nunca esperou apaixonar-se a sério pelo Peter. E por isso está mais confusa do que nunca.
Agora, ela terá de aprender a estar num relacionamento que, pela primeira vez, não é a fingir. Porém, quando um outro rapaz do seu passado reaparece na sua vida, Lara percebe que também nutre por ele sentimentos mais profundos. Será possível uma rapariga estar apaixonada por dois rapazes ao mesmo tempo?
Uma história delicada e encantadora, que nos mostra que o amor não é fácil, mas que é por isso mesmo que é tão fascinante apaixonarmo-nos.

Rating: 4/5

Comentário: Jenny Han já habituou os e as leitores(as) com os seus livros açucarados mas simultaneamente sóbrios, que aquecem corações sem se tornarem especialmente cor de rosa. Para mim, ela é uma Meg Cabot para adolescentes um pouco mais velhos e com uma dose de doçura, sensibilidade e uma pitada certa de humor, torna os seus livros apetitosos e bons para descontrair.
Em PS. - I Still Love You (continuação do To All The Boys I've Loved Before), o enredo centra-se no romance ou nos ideias românticos de Lara Jean, contrariamente ao primeiro volume, onde apesar de tudo eram as relações fraternas e de amizade e lealdade que pautavam as principais linhas orientadoras do livro.
Neste segundo volume, Lara terá de confiar no seu instinto, mesclando-o com as dúvidas típicas da adolescência, onde surgem constantemente reflexões sobre a identidade e o desenvolvimento, o poder das escolhas e as suas consequências, a motivação diferenciada de cada jovem no seu percurso de crescimento pessoal e também, a aventura dos primeiros amores e a importância da contribuição em retorno, seja através de ações de voluntariado, seja através de dávidas a familiares e amigos.
As personagens secundárias tornam este livro muito mais vibrante, especialmente Kitty, de quem serei uma eterna fã pelo seu ar desembaraçado e pragmático, leal e seletivo, com um sentido de humor peculiar e um nível de resmunguice que a torna simultaneamente amorosa. É a típica irmã mais nova que nos colocaria os cabelos em pé, mas da qual nos rodearíamos em caso de precisarmos de apoio ou de alguém que nos defendesse, independentemente da sua idade.
Os novos habitantes do lar onde Lara Jean colabora, assim como as novas caras provenientes do passado, acabam por contribuir para um enredo mais homogéneo, numa lógica de complementaridade que não rouba atenção ao enredo principal, mas que até o aprimora, escondendo as arestas mais frágeis que o compõem. 

Para quem gostou do primeiro, será uma óptima leitura, embora confesse que o primeiro teve o condão de me derreter mais facilmente. É uma duologia fofinha, que chega ao fim de uma forma muito fiel ao primeiro enredo apresentado, criando um elemento especial de conexão entre os dois livros. 

Nota: Opinião publicada originalmente em julho de 2015 através da leitura da edição original.
 
Cláudia
Sobre a autora:
 
Maratonista de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.

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