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Opinião: Um Desejo por uma Estrela, Trisha Ashley



Um Desejo por uma Estrela
de Trisha Ashley
 
Edição/reimpressão: 2015 
Páginas: 468
Editor: Quinta Essência
  




Resumo: 
A vida de Cally, mãe solteira, gira em torno da filha Stella. Já se conformou com o facto de que o único romance que vai viver é o das comédias românticas a que assiste. Com o trabalho que a mantém bastante ocupada, e com a filha, não tem tempo para sequer pensar sobre o amor. Mas a vida torna-se bastante difícil quando Stella adoece. Tentar conciliar o seu trabalho como escritora de receitas com o ter cuidar de Stella é muito desgastante e, quando Cally conhece o belo pasteleiro Jago, a última coisa que quer é apaixonar-se, especialmente depois de ter ficado bastante escaldada com um Príncipe Encantado do seu passado. Conseguirá o descontraído e charmoso Jago abrir o coração gelado de Cally e ajudá-la a encontrar o verdadeiro amor?
Rating: 3/5

Comentário: A primeira vez que Trisha Ashley me passou pelas mãos, também foi na altura do Natal. "Noite de Reis" é dos livros de época natalícia mais enternecedores que já li até hoje e transpira o espírito da quadra por todas as páginas. Foi nessa busca por um momento de descontração aconchegante, festivo, docinho e bem recheado de momentos quentinhos que procurei por "Um Desejo por uma Estrela".
Este livro começa precisamente na quadra natalícia e julguei que fosse continuar nesse registo mas, e desculpem-me o pequeno spoiler,  foi e veio com tanta rapidez que quase que nem dei por ela. Fiquei um bocadinho contrita mas decidi dar-lhe uma oportunidade. Cally e Jago são sem dúvidas personagens simpáticas, daquelas a quem desejamos o melhor - não só porque a vida possa estar a ser ingrata com algum mas porque pessoas boas merecem coisas boas. A forma como estes se entrecruzam também tem a sua piada e construção da sua relação faz-se de forma natural e sem preâmbulos de paixões assolapadas, ganhando aqui pela originalidade. Faltava no entanto um desenvolvimento de personagens menos arrastado, porque algumas situações tornaram-se inverosímeis e até totalmente despropositadas, fazendo que a relação perdesse credibilidade durante a leitura e que o seu desfecho se tornasse desinteressante. Os clichês e as coincidências excessivas também trouxeram algum cansaço, pelo que poderiam ter sido melhor lapidados.
Outro dos pontos fortes de Trisha são as personagens secundárias, sempre múltiplas, sempre com acrescentos únicos para o enredo principal, numa colorida manta de retalhos que traz magia e (bem dito truque) distrai os/as leitores/as das falhas da narrativa principal. Há personagens deliciosas, desde o responsável religioso local, à senhora de idade que vive na casa de repouso. Todos são únicos e os rasgos de história e das suas estórias que acabam por brilham vários pontos da narrativa trazem um novo alento.
No entanto, o livro foi pautado por diálogos por vezes desenxabidos e forçados, que nada atribuíam ao enredo. A repetição constante também me começou a maçar a determinada altura. Já não podia mais ouvir falar de macarrons, e crouquembouches, que página sim página não eram referidos umas quatro ou cinco vezes.
Relativamente à gastronomia, ela está presente, mas não brilha nada apesar de ser constantemente falada. Parece um paradoxo mas não é. Os romances que geralmente abordam estas temáticas não devem tornar-se livros de culinária mas é importante que o amor pelos alimentos acabe por passar para o/a leitor/a e não sinto que tenha sido conseguido neste caso.
Ainda assim, a vila onde se localiza maioritariamente o enredo é deliciosa e cheia de peculiaridades, a Stella uma miúda amorosa (com muitas respostas e diálogos que nunca seriam atribuídos a uma miúda de 3 anos, mas ainda assim um doce) e todo o envolvimento da aldeia um doce para ser servido de bandeja no Natal.
E o Natal regressa à localidade!: aí sim, finalmente, vive-se o espírito de convívio, paz e união necessários para esta quadra. Feliz Natal a todos e a todas!

 
Cláudia
Sobre a autora:
 
Maratonista de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.

Comentários

  1. Olá Cláudia,
    Já há muito que quero ler algum livro desta autora, principalmente no Natal porque acho que é uma boa época para se ler este tipo de livros.
    Este chamou-me a atenção.
    Beijinhos e boas leituras

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