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Opinião: O Último Minuto, de Jeff Abbott

O Último Minuto
de Jeff Abbott
Edição/reimpressão: 2012
Páginas:560
Editor: Civilização Editora
Resumo: Sam Capra tem uma única razão para viver: recuperar o filho das pessoas que o raptaram. Agora, os raptores fazem-lhe uma proposta mortal: entregam-lhe o bebé… se Sam concordar em cometer um assassinato espetacular. Aliando-se a uma jovem mãe cuja filha desapareceu, Sam parte em busca do seu filho pelo país fora numa corrida perigosa e desesperada contra o tempo.

Rating: 3.5/5 

Comentário: Depois da minha última leitura ter passado por Sandra Brown, Jeff Abbott traz-me uma leitura nitidamente mais masculina. Denota-se pelos traços da acção, pela construção do enredo, pela apresentação das personagens. E sendo a minha primeira obra com o autor, não fiquei nada desanimada. O Último Minuto é a continuação de Adrenalina, também editado pela Civilização Editora. No entanto, não desanimem os que ainda não o tiverem lido, porque o enredo é bastante percetível: é-nos contado tudo o que precisamos de saber para compreender o desenvolver dos acontecimentos (sem demasiadas analepses, mas sem nos deixar com buracos que nos fizessem compreender não compreender a totalidade da teia de conspirações que se sucedem neste livro), confesso que só me apercebi que ela uma sequela já ia com a leitura avançada.
Sam Capra vai numa demanda para salvar o filho que nunca teve nos braços, e que foi raptado logo após o seu nascimento por alguém ligado a uma organização internacional capaz das maiores atrocidades - Nove Sóis. Conta agora com o apoio de outra organização - Távola Redonda - que pretende exactamente o contrário à primeira (e com isto garantir um nível de justiça e humanidade para aqueles que não têm meios para se defender sozinhos dos grandes tubarões do crime). A acção decorre num curto espaço de tempo, e é sempre constante e frenética, não nos dá grande descanso ou tempo para respirar, por isso aconselho que se quiserem algo leve para adormecer escolham outra leitura, esta irá impor um nível de adrenalina que ainda deixa alguém com insónias. Como é que alguém lê sobre um ou dois assassinatos e se sente relaxado para dormir? E mais, como é que podemos não ficar irritados e ansiosos quando alguém escapa no último minuto (e sim, só agora reparei no trocadilho com o título)?
A determinada altura até o próprio leitor está num impasse sem saber muito bem por quem torcer, e porque motivo, e isso por si diz-nos como a trama foi construida de forma inteligente.
Quanto às personagens, gostei da Mila - moldava com uma fogosidade que mantém qualquer inimigo à distância; e de Jack (que para mim é sem dúvida das personagens que mais gostava de ver exploradas, mas talvez porque não li o primeiro volume). Já as Irmãs ganham o primeiro lugar - dentro da sua loucura sádica foram sem dúvida as mais divertidas, e  fiquei com pena de vê-las partir tão depressa. Acho que tinham ainda muito por ser explorado. Quanto a Sam, a construção das suas acções torna-o uma personagem interessante, mas a sua essência pareceu-me algo oca. De qualquer das formas proporcionou-me uma aventura sem limites, com alguns elementos que achei algo previsíveis mas com várias nuances e reviravoltas que me fizeram ler tudo até ao fim com algum nível de ansiedade. E depois de tanta correria, murro e perseguição, confesso-vos: estou até cansada.

Cláudia
Sobre a autora:
 
Maratonista de bibliotecas e bookcrossing, a Cláudia ainda consegue estudar e fazer o seu mestrado enquanto lê nos transportes públicos. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado é tão fácil encontrá-la numa biblioteca como na Rota Jovem em Cascais. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.

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