Lola and the Boy Next Door
de Stephanie Perkins
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 338
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 338
Editora: SPEAK
Resumo: Lola Nolan is a budding costume designer, and
for her, the more outrageous, sparkly, and fun the outfit, the better.
And everything is pretty perfect in her life (right down to her hot
rocker boyfriend) until the Bell twins, Calliope and Cricket, return to
the negihborhood. When Cricket, a gifted inventor, steps out from his
twin sister's shadow and back into Lola's life, she must finally
reconcile a lifetime of feelings for the boy next door.
Rating: 4/5
Opinião: Como
vocês já sabem, ultimamente não tenho tido tempo para nada devido a
compromissos profissionais. Hoje obriguei-me a tirar "folga" à noite, e
decidi dar resposta a uma das múltiplas tarefas que tenho em atraso:
trazer-vos a opinião de um livro que eu adorei no início deste ano, e
que infelizmente já sabemos que não será editado em Portugal. Trata-se
do "Lola and The Boy Next Door", claro está.
Esta
foi uma das prendas de "mim para mim" às quais me rendo de tempos a
tempos e depois do aconchego emocional que "Anna e o Beijo Francês" me
provocou, não tinha como não ler esta continuação que não é uma sequela e
nem tenta sê-lo. Partindo de dois protagonistas diferentes, Stephanie
Perkins ilustra-nos um mundo no qual também circulam Anna e Étienne,
embora eles não sejam o enfoque principal. Esta não é a sua história, é a
de Lola e Cricket.
Dos dois livros, este é o meu preferido da autora e muito se deve a estas novas personagens e à entrada rápida no enredo. Lola tem uma estrutura familiar provocadora de momentos desconcertantes, divertidos e enternecedores que nos fazem desde logo gostar dela e do meio que a envolve (contrariamente a Anna, cuja caricatura dos pais vista pelos seus olhos de adolescente não nos deixou muito espaço para simpatias para com eles). Lola é extrovertida, excêntrica, original e com ideias muito fixas. Mas também é doce, sonhadora, imaginativa e insensata quando menos lhe convém. A sua relação com a melhor amiga e o namorado são logo apresentadas quando iniciamos o livro e estas interações permitem-nos descobrir mais rapidamente que tipo de pessoa ela é, assim como definir expectativas para o que vem e seguida.
E claro que o que surge nessa altura é a vinda dos irmãos Bell. E Cricket vai esmifrar-vos o coração desde a sua primeira aparição, conseguindo que fiquemos a torcer pelo rapaz bonzinho desde início: descontraído, tímido, portador de mundos próprios e de segredos só dignos dos olhos de alguns, vamos poder viajar pelas interações de um amor perdido e muito pouco esquecido que irá atormentar estas duas personagens, devido a uma série de fatores.
À medida que as cenas vão avançando e vamos desvendando parte dos segredos e mal entendidos tão próprios da adolescência mas também das relações humanas, este livro que já de si é doce desde a primeira frase vai ganhando outros contornos, mais práticos, que nos fazem pensar, mas nem por isso deixa de nos embalar pelo seu conteúdo.
No que respeita à relação entre Lola e o vizinho, gostei especialmente do desenvolvimento sustentado que vemos desenvolver-se através da sua relação mas também pelas perspetivas de terceiros que validam e tornam melhor uma estória simples, mas cheia de lições e paralelismos com a vida real.
Gostei especialmente do esquema em como se montou a estrutura das personagens secundárias: a irmã de Cricket que é mais do que parece, a forma como Anna e Étienne surgem e nos deixa com vontade de saber mais deles, mas não querendo simultaneamente abandonar Lola, a relação dos pais desta com a filha, o namorado rockeiro que se calhar não é tão mau como as primeiras impressões poderiam dizer...
De facto, fiquei muito satisfeita com este pormenor que me fez querer acompanhar o percurso da personagem no livro e tenho a dizer que só fiquei desiludida com o final que a autora lhe atribuiu, e que já foi pouco arrojada e a desculpa do costume para findar processos semelhantes. Ainda assim, o final enternecedor desculpou-a de todas essas infâmias e deixou-me ansiosa para o próximo. "Isla", chega depressa! ;)
P.S. - A autora criou uma banda sonora para acompanhar o enredo, e todas as músicas são tão indicadas que cada vez que as oiço me lembro do livro. Podem ouvi-la aqui:http://8tracks.com/naturallysteph/lola-and-the-boy-next-door
Dos dois livros, este é o meu preferido da autora e muito se deve a estas novas personagens e à entrada rápida no enredo. Lola tem uma estrutura familiar provocadora de momentos desconcertantes, divertidos e enternecedores que nos fazem desde logo gostar dela e do meio que a envolve (contrariamente a Anna, cuja caricatura dos pais vista pelos seus olhos de adolescente não nos deixou muito espaço para simpatias para com eles). Lola é extrovertida, excêntrica, original e com ideias muito fixas. Mas também é doce, sonhadora, imaginativa e insensata quando menos lhe convém. A sua relação com a melhor amiga e o namorado são logo apresentadas quando iniciamos o livro e estas interações permitem-nos descobrir mais rapidamente que tipo de pessoa ela é, assim como definir expectativas para o que vem e seguida.
E claro que o que surge nessa altura é a vinda dos irmãos Bell. E Cricket vai esmifrar-vos o coração desde a sua primeira aparição, conseguindo que fiquemos a torcer pelo rapaz bonzinho desde início: descontraído, tímido, portador de mundos próprios e de segredos só dignos dos olhos de alguns, vamos poder viajar pelas interações de um amor perdido e muito pouco esquecido que irá atormentar estas duas personagens, devido a uma série de fatores.
À medida que as cenas vão avançando e vamos desvendando parte dos segredos e mal entendidos tão próprios da adolescência mas também das relações humanas, este livro que já de si é doce desde a primeira frase vai ganhando outros contornos, mais práticos, que nos fazem pensar, mas nem por isso deixa de nos embalar pelo seu conteúdo.
No que respeita à relação entre Lola e o vizinho, gostei especialmente do desenvolvimento sustentado que vemos desenvolver-se através da sua relação mas também pelas perspetivas de terceiros que validam e tornam melhor uma estória simples, mas cheia de lições e paralelismos com a vida real.
Gostei especialmente do esquema em como se montou a estrutura das personagens secundárias: a irmã de Cricket que é mais do que parece, a forma como Anna e Étienne surgem e nos deixa com vontade de saber mais deles, mas não querendo simultaneamente abandonar Lola, a relação dos pais desta com a filha, o namorado rockeiro que se calhar não é tão mau como as primeiras impressões poderiam dizer...
De facto, fiquei muito satisfeita com este pormenor que me fez querer acompanhar o percurso da personagem no livro e tenho a dizer que só fiquei desiludida com o final que a autora lhe atribuiu, e que já foi pouco arrojada e a desculpa do costume para findar processos semelhantes. Ainda assim, o final enternecedor desculpou-a de todas essas infâmias e deixou-me ansiosa para o próximo. "Isla", chega depressa! ;)
P.S. - A autora criou uma banda sonora para acompanhar o enredo, e todas as músicas são tão indicadas que cada vez que as oiço me lembro do livro. Podem ouvi-la aqui:http://8tracks.com/naturallysteph/lola-and-the-boy-next-door
Cláudia
Sobre a autora:
Maratonista de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.
Comentários
Enviar um comentário