Arquivo

Tags

Popular Posts

Parcerias

Blogroll

Avançar para o conteúdo principal

Opinião: A Seleção, de Kiera Cass





A Seleção
de Kiera Cass 

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 292
Editora: Marcador 






Resumo: 
Para trinta e cinco raparigas, A Seleção é a oportunidade de uma vida.
É a possibilidade de escaparem de um destino que lhes está traçado desde o nascimento, de se perderem num mundo de vestidos cintilantes e joias de valor inestimável e de viverem num palácio e competirem pelo coração do belo Príncipe Maxon.

No entanto, para America Singer, ser selecionada é um pesadelo. Terá de virar as costas ao seu amor secreto por Aspen, que pertence a uma casta abaixo da sua, deixar a sua família para entrar numa competição feroz por uma coroa que não deseja, e viver num palácio constantemente ameaçado pelos ataques violentos dos rebeldes.

Mas é então que America conhece o Príncipe Maxon. Pouco a pouco, começa a questionar todos os planos que definiu para si mesma e percebe que a vida com que sempre sonhou pode não ter comparação com o futuro que nunca imaginou.

«Um verdadeiro conto de fadas. Encantador, cativante e com a quantidade certa de emoção!»
Kiersten White, autora bestseller do The New York Times

Rating: 3/5 
Opinião:  Depois de tantos zumzuns pela internet, de comentários sobre a trilogia e sobre a autora, estava curiosa com o enredo de "A Seleção" (ainda que numa primeira instância, toda a ideia de "concurso de beleza" que é o que ao fim ao cabo está aqui retractado num paralelismo neste mundo literário jovem adulto, não me agrade particularmente).
Começo por dizer que Kiera Cass escreve mesmo para o público-alvo indicado. É uma escrita leve, sem grande complexidade (por vezes até banal) mas que entretém e distrai, tornando o livro muito fácil e agradável de ler.
Quanto ao conteúdo, esperava uma maior contextualização do mundo em que se inserem as personagens, embora ainda tenha esperança que a temática seja aprofundada no próximo volume da trilogia, atendendo à interveniência de personagens "terciárias" que funcionam como ruído de fundo em "A Seleção".
Sabemos que Illéa é criada como um reino com base em algumas premissas, que nos indicam que em tempos idos existia uma estrutura mundial com países (existe uma referência à Casa Branca) mas nunca conseguimos propriamente contextualizar temporalmente o enredo. Se em parte parece tratar-se do mundo contemporâneo, outros elementos significantes apontam-nos para uma realidade mais...rudimentar. Espero conseguir desvendar o "mistério" nos próximos volumes. Ainda assim, a estrutura por números (ou quase castas, verdade seja dita) poderia ter sido já explorada numa contextualização geral, a qual faltou.
Quanto às personagens, America é uma miúda com valores e a cabeça no lugar, ainda que por vezes tome decisões que ninguém consegue perceber. As suas motivações são demonstradas como justificativo de algumas das suas acções, mas geralmente numa fase mais adiantada. É uma rapariga dedicada à família e ao trabalho, mas que pretende brilhar e sonhar mais alto, ainda que seja dentro das imposições que a sociedade em que ela se insere criou. A ida para o palácio será sem dúvida uma grande mudança, motivada por considerações diferentes das restantes 34 candidatas, o que em parte poderá ou não sair em seu favor. Os primeiros contactos com o príncipe Maxon são um pouco clichê, ou até já esperados, atendendo à sinopse e ao que a autora poderia ter feito de original. Mas enquadra-se na temática e no género literário, e por isso não desgostei necessariamente do que ela fez. Gostava de ver um pouco mais explorado o processo de selecção e o que as concorrentes de facto fazem no seu dia a dia que não a partilha do que fizeram individualmente nos encontros com o príncipe, atendendo a que essa é a temática principal do livro e passamos pouco tempo com elas fora do foco das luzes. De qualquer forma, sendo um livro contado na primeira pessoa, percebo o destaque para America. Penso que os desenvolvimentos finais do livro vão ser interessantes de explorar no segundo volume, assim como todo o secretismo e a importância dos rebeldes ou a realidade do impacto de ocupar um cargo real que assentará em breve em cima do Príncipe Maxon e da sua escolhida. Ainda que com algumas falhas, estou ansiosa por ler o próximo! ;)

 
Cláudia
Sobre a autora:
 
Maratonista de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.

Comentários

  1. Olá!

    Já há muito tempo que veja muitas opiniões deste livro por vário blogs! E sinceramente não sabia bem o que pensar dele. Não sei se me consegue cativar.

    Beijinhos e boas leituras!

    http://jardimdemilhistorias.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  2. Olá Isa,

    É um livro muito juvenil. Se não for um género que aprecies muito, és capaz de não gostar.

    Boas leituras!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário