Guia Astrológico para Corações Partidos, de Silvia Zucca
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 538
Editor: Suma de Letras
Resumo: As estrelas não mentem… Os homens sim. A comédia romântica do ano.Com 30 anos, solteira (não por escolha) e com um emprego que oferece poucas perspectivas, Alice encontra um jovem actor convencido que conhece o secreto para o sucesso: a astrologia. Ainda que céptica, decide tentar e começa a sair com homens de signos do zodíaco compatíveis com o seu. Pouco a pouco, Alice descobre que talvez o verdadeiro amor não esteja sempre escrito nas estrelas…
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 538
Editor: Suma de Letras
Resumo: As estrelas não mentem… Os homens sim. A comédia romântica do ano.Com 30 anos, solteira (não por escolha) e com um emprego que oferece poucas perspectivas, Alice encontra um jovem actor convencido que conhece o secreto para o sucesso: a astrologia. Ainda que céptica, decide tentar e começa a sair com homens de signos do zodíaco compatíveis com o seu. Pouco a pouco, Alice descobre que talvez o verdadeiro amor não esteja sempre escrito nas estrelas…
Rating: 2,75/5
Comentário: Romance ligeiro e situações tragico-cómicas apelam a leituras de verão, sendo assim que se traduziu a leitura de Guia Astrológico para Corações Partidos!
Alice é a típica personagem feminina deste género literário, com a nuance de que, para variar, lhe deram o sucesso profissional merecido. A verdade é que me chateia sempre a fórmula de miúda carente, com um emprego miserável, à espera do cavaleiro andante, que infelizmente se repete com frequência por muitos livros do género feminino (em que este acaba por se encaixar). Alice é portanto bem sucedida no trabalho dela, ainda que esta imagem apareça camuflada nas suas inseguranças perante um novo cenário a ocorrer no seu local de trabalho, que não explorarei para não estragar o enredo a alguém.
Valem-lhe também duas amizades inusitadas e uma série de peripécias, assim como perspectivas diferenciadas, para a colocarem num sem fim de situações arrojadas, complicadas e desconcertantes, as quais ela alimenta com muita imaginação e jogo de cintura arrojado. Ou não tivesse alma latina e soubesse dançar ao som da corrente.
O local de trabalho centraliza cerca de 80% da acção do livro, pelo que os seus colegas e chefes acabam por ganhar protagonismo. É de resto uma abordagem original e ao longo das páginas temos certos lampejos do que é o quotidiano de uma estação de televisão, assim como da produção de conteúdos televisivos.
No que respeita ao assunto principal do livro, o qual está espelhado no título, digamos que Alice se torna obcecada com o horóscopo e pretende que seja este a determinar os seus próximos passos, tanto profissionais como amorosos, mas especialmente amorosos!
O facto de não ouvir os seus instinctos, saber ler os sinais e ouvir vozes mais sensatas, leva-a numa espiral de contratempos que começam por ser divertidos mas que, com a extensão injustificada para um livro deste género, acabam por se tornar aborrecidos a determinada altura. Menos 200 páginas teriam sido suficientes para contar esta história, sem a estragar e evitando que se tornasse aborrecida. Até porque a sucessão de acontecimentos insólitos em cadência acelerada acabou por desvirtuar o potencial cómicos de algumas secções do livro, embora não deixe de ser um romance bem-disposto.
Como elemento de destaque, tenho de referir o início de cada capítulo, onde é feita uma pequena abordagem a cada signo do zodíaco (um diferenciado de cada vez) sob a perspectiva masculina, de forma a indicar qual o melhor parceiro ou o que teria uma maior compatabilidade com cada leitora, consoante os aspectos que esta preze mais (sendo leiga no assunto, depreendo que os leitores masculinos possam simplesmente trocar o pronome e receber na mesma o aconselhamento "matrimonial").
Por fim, e porque há alguma moral ou lição a reter, diria que "Guia Astrológico para Corações Partidos" relembra-nos que por vezes temos de arriscar e ver em diante, ignorar os preconceitos e elementos pré-concebidos e descobrirmos por nós o que nos faz feliz e se como podemos alcançá-lo.
Alice é a típica personagem feminina deste género literário, com a nuance de que, para variar, lhe deram o sucesso profissional merecido. A verdade é que me chateia sempre a fórmula de miúda carente, com um emprego miserável, à espera do cavaleiro andante, que infelizmente se repete com frequência por muitos livros do género feminino (em que este acaba por se encaixar). Alice é portanto bem sucedida no trabalho dela, ainda que esta imagem apareça camuflada nas suas inseguranças perante um novo cenário a ocorrer no seu local de trabalho, que não explorarei para não estragar o enredo a alguém.
Valem-lhe também duas amizades inusitadas e uma série de peripécias, assim como perspectivas diferenciadas, para a colocarem num sem fim de situações arrojadas, complicadas e desconcertantes, as quais ela alimenta com muita imaginação e jogo de cintura arrojado. Ou não tivesse alma latina e soubesse dançar ao som da corrente.
O local de trabalho centraliza cerca de 80% da acção do livro, pelo que os seus colegas e chefes acabam por ganhar protagonismo. É de resto uma abordagem original e ao longo das páginas temos certos lampejos do que é o quotidiano de uma estação de televisão, assim como da produção de conteúdos televisivos.
No que respeita ao assunto principal do livro, o qual está espelhado no título, digamos que Alice se torna obcecada com o horóscopo e pretende que seja este a determinar os seus próximos passos, tanto profissionais como amorosos, mas especialmente amorosos!
O facto de não ouvir os seus instinctos, saber ler os sinais e ouvir vozes mais sensatas, leva-a numa espiral de contratempos que começam por ser divertidos mas que, com a extensão injustificada para um livro deste género, acabam por se tornar aborrecidos a determinada altura. Menos 200 páginas teriam sido suficientes para contar esta história, sem a estragar e evitando que se tornasse aborrecida. Até porque a sucessão de acontecimentos insólitos em cadência acelerada acabou por desvirtuar o potencial cómicos de algumas secções do livro, embora não deixe de ser um romance bem-disposto.
Como elemento de destaque, tenho de referir o início de cada capítulo, onde é feita uma pequena abordagem a cada signo do zodíaco (um diferenciado de cada vez) sob a perspectiva masculina, de forma a indicar qual o melhor parceiro ou o que teria uma maior compatabilidade com cada leitora, consoante os aspectos que esta preze mais (sendo leiga no assunto, depreendo que os leitores masculinos possam simplesmente trocar o pronome e receber na mesma o aconselhamento "matrimonial").
Por fim, e porque há alguma moral ou lição a reter, diria que "Guia Astrológico para Corações Partidos" relembra-nos que por vezes temos de arriscar e ver em diante, ignorar os preconceitos e elementos pré-concebidos e descobrirmos por nós o que nos faz feliz e se como podemos alcançá-lo.
Cláudia
Sobre a autora:
Maratonista
de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o
Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do
voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.
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