Hoje enquanto comentava com uma amiga da minha avó o quanto gosto de ler, ela fez questão de me indicar algumas livrarias na zona em redor daquela onde conversávamos.
Uma delas tinha tido, segundo ela, o melhor livreiro que ela jamais tinha encontrado. Um senhor bastante culto sobre livros, conhecia de tudo um pouco e um excelente conselheiro sobre livros a ler.
Esta senhora amiga da minha avó adorava lá ir e passar algum tempo entre as prateleiras cheias de livros enquanto falava animadamente sobre o senhor e lhe perguntava o que devia ler a seguir. O livreiro, uma simpatia de pessoa, perdia sempre algum tempo com ela falando-lhe deste ou daquele livro.
Infelizmente, a vida não pára por ninguém e os anos foram passando e as pessoas envelhecendo. O livreiro apanhou uma doença e deixou a livraria. A mesma ainda lá está mas a amiga da minha avó já lá não vai, diz que não é o mesmo.
Perguntei-lhe como soubera que o senhor ficara doente e ela respondeu-me que ao ir lá um dia, a senhora ao balcão lhe tinha dito. Triste a amiga da minha avó comentara que se algo acontecesse ao senhor seria uma pena pois era um leitor assíduo e com opiniões bem fomentadas. A senhora ao balcão piscou os olhos admirada e respondeu:
- Leitor assíduo? Mas esse senhor não sabe ler!
O choque percorreu a amiga da minha avó. Ela diz que nunca mais se esqueceu disto apesar de já se ter passado há anos. O livreiro que ela sempre conhecera e que recomendava os melhores livros não sabia ler. Amava a sua profissão e os sorrisos dos leitores mas não era um deles. Era apenas um mágico que punha a sua magia ao serviço dos outros...
Esta senhora amiga da minha avó adorava lá ir e passar algum tempo entre as prateleiras cheias de livros enquanto falava animadamente sobre o senhor e lhe perguntava o que devia ler a seguir. O livreiro, uma simpatia de pessoa, perdia sempre algum tempo com ela falando-lhe deste ou daquele livro.
Infelizmente, a vida não pára por ninguém e os anos foram passando e as pessoas envelhecendo. O livreiro apanhou uma doença e deixou a livraria. A mesma ainda lá está mas a amiga da minha avó já lá não vai, diz que não é o mesmo.
Perguntei-lhe como soubera que o senhor ficara doente e ela respondeu-me que ao ir lá um dia, a senhora ao balcão lhe tinha dito. Triste a amiga da minha avó comentara que se algo acontecesse ao senhor seria uma pena pois era um leitor assíduo e com opiniões bem fomentadas. A senhora ao balcão piscou os olhos admirada e respondeu:
- Leitor assíduo? Mas esse senhor não sabe ler!
O choque percorreu a amiga da minha avó. Ela diz que nunca mais se esqueceu disto apesar de já se ter passado há anos. O livreiro que ela sempre conhecera e que recomendava os melhores livros não sabia ler. Amava a sua profissão e os sorrisos dos leitores mas não era um deles. Era apenas um mágico que punha a sua magia ao serviço dos outros...
Ki
(Catarina)
Sobre a autora:
Bibliófila assumida e escritora de domingo. Gosta de livros e tudo o que esteja relacionado com eles, tem a mania que tem opiniões sobre livros e gostas de as expor no seu blog conjunto Encruzilhadas Literárias, tem também uma conta no GoodReads e é das melhores coisas que já lhe aconteceu.
Que história triste, mas muito bonita! Acabei de conhecer o blog e vou acompanhá-lo, gostei muito =)
ResponderEliminarBeijos.
Olá Celly!
ResponderEliminarÉ verdade, esta é uma daquelas histórias que nos tocam o coração!
Espero que goste da sua estadia por cá!