de Marie Lu
Tradução: Raquel Dutra Lopes
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 296
Editor: Edições Asa
Resumo:
Outrora conhecida como a costa ocidental dos Estados Unidos, a
República é agora uma nação em guerra permanente com as vizinhas,
as Colónias. Nascida numa família de elite num dos distritos mais
abastados da República, June, aos quinze anos, é um prodígio militar.
Obediente, entusiasmada e dedicada ao seu país, está a ser
aperfeiçoada para fazer parte dos círculos mais elevados da
República. Nascido num dos bairros de lata do Setor Lake da
República, Day, também com quinze anos, é o criminoso mais
procurado da República. Mas talvez os seus motivos não sejam tão
maliciosos quanto parecem. Pertencendo a mundos muito diferentes,
não há motivo algum para que os caminhos de June e Day se cruzem
- até ao dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado, e Day se
torna o principal suspeito. Agora, apanhado no derradeiro jogo do gato
e do rato, Day corre pela sobrevivência da sua família, enquanto June
tenta desesperadamente vingar a morte do irmão. Contudo, numa
reviravolta chocante, os dois descobrem a verdade daquilo que
verdadeiramente os levou a encontrarem-se, e a que ponto a nação
de ambos está disposta a chegar para manter os seus segredos.
Repleto de ação imparável, suspense e romance, o fascinante primeiro romance de Marie Lu irá certamente comover e arrebatar os leitores.
Repleto de ação imparável, suspense e romance, o fascinante primeiro romance de Marie Lu irá certamente comover e arrebatar os leitores.
Comentários
Catarina: 3,5/5
Para mim uma das melhores sensações do mundo é aquela que temos quando finalmente pegamos num livro que há muito queríamos ler. Apesar de ver imensos comentários ao Legend, na sua maioria positivos, nem sempre podemos largar tudo o que temos em mãos para ler para ler outro livro.
Por isso, aproveitei a do livro pelas Edições ASA (1001 Mundos), para me dar uma desculpa para "largar o que tinha em mãos" e finalmente ler Legend.
Por onde começar? Quem nos segue sabe da minha paixão assolapada por universos distópicos que aliás, não é nada difícil de perceber clicando na nossa tag "leitura distópica". Recomendado para os fãs de Os Jogos da Fome, Legend é o primeiro volume de uma trilogia que, apesar de não me ter parecido tão emocionante, não deixa de ser fascinante e curiosa.
Um dos defeitos a apontar, que imagino que seja remediado nos próximos livros, é a falta de explicação sobre como os Estados Unidos acabaram da maneira que estão. Marie Lu concentrou, neste primeiro livro, toda a sua atenção nas personagens e nos círculos em que as mesmas estavam fechadas. Apesar de gostar da maneira como as personagens foram criadas e da atenção que lhes é dada, adoro toda a experiência do factor humano, creio que em algumas situações um pouco de contexto teria sido melhor.
Quantos às nossas personagens propriamente ditas tenho a dizer que adorei tanto June como Day. Ele pela sua maneira de ser e de falar, um rapaz que me lembra um pouco o conceito do Robin Hood e do qual é fácil gostar-se. Quanto a June, uma personagem que começou rebelde mas que cresceu e aprendeu com os seus erros, é sem dúvida senhora da sua história e gostei de como acabou por cruzar o seu caminho com o de Day.
Sou a favor de heroínas e sou a favor de mulheres que sabem o que querem e vão atrás dos seus sonhos. June é uma rapariga do exército, controlada e fria quando é preciso e irmã mais nova traquina nos tempos livres, é no fundo uma jovem de quinze anos com a vida toda pela frente e com um carinho imenso ao irmão. Como Day é uma personagem de que é fácil gostar-se e com a qual me consegui relacionar.
A escrita de Marie Lu é fluída e apesar de termos dois narradores na primeira pessoa parece-me que ela soube dar uma voz individual a cada um. June é mais correcta, tem frases mais complexas e uma visão mais restrita enquanto Day tem uma voz mais alegre e num tom mais informal que chega a tocar o "maroto".
Concluindo, gostei de Legend é uma distopia leve e, parece-me, é muito mais em torno de pessoas, personalidades e decisões do que a sociedade em que está inserida. Isto poderá mudar nos livros seguintes mas é, sem dúvida, uma saga que gostava de concluir.
Catarina: 3,5/5
Para mim uma das melhores sensações do mundo é aquela que temos quando finalmente pegamos num livro que há muito queríamos ler. Apesar de ver imensos comentários ao Legend, na sua maioria positivos, nem sempre podemos largar tudo o que temos em mãos para ler para ler outro livro.
Por isso, aproveitei a do livro pelas Edições ASA (1001 Mundos), para me dar uma desculpa para "largar o que tinha em mãos" e finalmente ler Legend.
Por onde começar? Quem nos segue sabe da minha paixão assolapada por universos distópicos que aliás, não é nada difícil de perceber clicando na nossa tag "leitura distópica". Recomendado para os fãs de Os Jogos da Fome, Legend é o primeiro volume de uma trilogia que, apesar de não me ter parecido tão emocionante, não deixa de ser fascinante e curiosa.
Um dos defeitos a apontar, que imagino que seja remediado nos próximos livros, é a falta de explicação sobre como os Estados Unidos acabaram da maneira que estão. Marie Lu concentrou, neste primeiro livro, toda a sua atenção nas personagens e nos círculos em que as mesmas estavam fechadas. Apesar de gostar da maneira como as personagens foram criadas e da atenção que lhes é dada, adoro toda a experiência do factor humano, creio que em algumas situações um pouco de contexto teria sido melhor.
Quantos às nossas personagens propriamente ditas tenho a dizer que adorei tanto June como Day. Ele pela sua maneira de ser e de falar, um rapaz que me lembra um pouco o conceito do Robin Hood e do qual é fácil gostar-se. Quanto a June, uma personagem que começou rebelde mas que cresceu e aprendeu com os seus erros, é sem dúvida senhora da sua história e gostei de como acabou por cruzar o seu caminho com o de Day.
Sou a favor de heroínas e sou a favor de mulheres que sabem o que querem e vão atrás dos seus sonhos. June é uma rapariga do exército, controlada e fria quando é preciso e irmã mais nova traquina nos tempos livres, é no fundo uma jovem de quinze anos com a vida toda pela frente e com um carinho imenso ao irmão. Como Day é uma personagem de que é fácil gostar-se e com a qual me consegui relacionar.
A escrita de Marie Lu é fluída e apesar de termos dois narradores na primeira pessoa parece-me que ela soube dar uma voz individual a cada um. June é mais correcta, tem frases mais complexas e uma visão mais restrita enquanto Day tem uma voz mais alegre e num tom mais informal que chega a tocar o "maroto".
Concluindo, gostei de Legend é uma distopia leve e, parece-me, é muito mais em torno de pessoas, personalidades e decisões do que a sociedade em que está inserida. Isto poderá mudar nos livros seguintes mas é, sem dúvida, uma saga que gostava de concluir.
Cláudia: 3,75/5
Com tantas distopias, novos livros de acção e revolução young adult, o meu interesse pelo estilo começa a esmorecer. No que toca a Legend, já o conhecia, já tinha passeado pela sua sinopse uma série de vezes e até parado uns dois segundos a olhar para a capa (que já agora, no original, é horrível) e nunca me seduziu por aí além. Tive a sorte de ver este livro editado em Portugal pela Edições ASA (1001 Mundos), em conjugação com uma Catarina ansiosa por o ler. Como ela só vinha a Portugal uns dias mais tarde, ainda fiquei com ele em minha posse uma semana e meia, e foi o suficiente para a curiosidade me vencer (aquela capa chamativa também não ajudou nada a deixá-lo de parte) e o abrir numa curta viagem de fim-de-semana. Escusado será dizer que li metade do livro no espaço de uma hora, e só não o terminei nesse dia porque tive outros afazeres.
Marie Lu tem uma escrita muito fluída e intuitiva que facilita a entrada no enredo. As personagens são-nos apresentadas de chofre, sem grandes descrições, mas com todas as componentes necessárias para nos chamar a atenção, prender a curiosidade e ressalvar a ânsia de descobrir mais. Day e June têm vozes muito próprias, que facilmente se distinguem, independentemente da estrutura adoptada no livro. Contadas na primeira pessoa, as narrativas soam mais vivas e cheias de entrelaces e acabamos por querer saber mais e passar mais tempo com cada um. Tive imensa pena da morte de Metias (facto descrito na sinopse), porque adorei a relação dele e da irmã. Só tive com ele numas meras páginas, e senti tanto a sua falta como June ao longo da narrativa. Era rapaz, mas um irmão presente e galinha que protegia uma irmã dura (pelo menos diante de terceiros) das desgraças do mundo, não porque ela necessitasse, mas porque ele precisasse de o fazer.
O contexto envolvente é de facto deixado um pouco de lado. Compreendemos o meio em que as duas personagens circulam, o que representam os Patriotas e as Colónias ou os JumboTrons mas não existem realmente grandes elos de ligação entre si ou que descrevam a forma de funcionamento da sociedade, mas principalmente, as raízes históricas da construção temática que explicasse a existência de alguns comportamentos, ou o real conhecimento dos elementos principais quanto à sociedade onde viviam.. Propositado ou não, deixa algo a desejar, especialmente quando elaboradas as teorias finais, e que obrigam o leitor a ter uma visão mais abrangente.
Ainda assim, mantém-nos atentos, com vontade de o ler e saber de que forma se irão safar as personagens. Por outro lado, e da minha percepção, existe uma reviravolta mais ou menos a meio do livro que foi pouco conseguida, e cujo desenrolar dos acontecimentos a partir desse momento me parecem mais fantasiosos do que o devido e reduziram em parte o meu interesse por este livro. Continuei a lê-lo, porque como vos disse, as páginas quase que se viram sozinhas de tão fácil que é ler este livro, independente do certo elemento de desilusão com a condução da estória. De qualquer forma. nada está perdido, e quero ler a continuação desta aventura. Considero que pode ser um livre interessante para leitores pouco assíduos, que se queiram entreter e recuperar o entusiasmo pela leitura. Nunca é maçudo, ou complexo ou sem acção suficiente para respirarmos fundo durante muito tempo. E sem sombra de dúvida, divertiu-me por umas horas!
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