Arquivo

Tags

Popular Posts

Parcerias

Blogroll

Avançar para o conteúdo principal

Opinião: A Coroa de Inverno, de Elizabeth Chadwick



A Coroa de InvernoElizabeth Chadwick    
 
Edição/reimpressão: 2016
Páginas 464
Editor: Topseller
  






Sinopse: 
Uma das mulheres mais poderosas da História. No ano de 1154, em Inglaterra, Leonor volta a assumir o papel de rainha, ao lado do seu novo e jovem marido Henrique II. Detentor de uma ganância imensa e sede de poder, o rei passa grande parte do tempo em viagem, a afastar rebeliões e a impor a sua vontade pelos territórios que ambiciona conquistar. A Leonor cabe a tarefa de conciliadora de Estado e de tutora da sua crescente prole de herdeiros. Mas Henrique nega-lhe a sua autoridade legítima ao afastá-la das decisões políticas e, simultaneamente, ao expor a sua amante, assim fomentando intrigas cortesãs. Os anos de reinado e matrimónio são tecidos de sentimentos cada vez mais ousados e ambíguos, ora de discórdia ora de tréguas, numa era sombria dominada pelos homens. Mas Leonor, mulher de força inabalável, ultrapassa os mais diversos e dolorosos ardis e não desiste de reclamar para si a excelência e o reconhecimento que merece.

Primeiras páginas aqui.

Rating: 4/5
Comentário: Sempre fui uma apaixonada por história, e cada vez mais me tem despertado a curiosidade pela História da Europa para além daquela que abordámos nas aulas durante o ensino regular. Leonor de Aquitânia foi uma das mais distintas rainhas da Europa e passa despercebida para a maioria dos portugueses. Com uma trilogia que conta com "A Coroa de Inverno" como segundo volume, Elizabeth Chadwick pretende dar-nos a descobrir a vida desta personalidade europeia, e desvendar o poder feminino em pleno séc. XII.
Não é todos os dias que se reinam dois países, mas Leonor de Aquitânia conseguiu-o, primeiro de França (abrangendo o primeiro livro da trilogia) e depois de Inglaterra, como mulher de Henrique II. É também conhecida como a mulher-chave que originou a dinastia Plantageneta, da qual tanto falamos quando abordamos a Guerra das Rosas.
Ao longo de quase 500 páginas, a autora faz valer a fibra de Leonor, mas também as fragilidades e inseguranças de qualquer ser humano na sua posição. Inteligente, acutilante e capaz de se antecipar aos acontecimentos, Leonor é retratada como uma mulher que não se verga, nem a um marido fraco pela carne e, talvez, com ambição desmedida. Talvez como já vem sendo hábito para muitas, e dividida entre a lealdade conjugal e a protecção da sua prole, esta rainha poderá ser vista pelos leitores muitas vezes em situações confrontais que colocariam o melhor mestre de xadrez numa situação complicada.
Não querendo revelar mais do enredo do que já fiz, gostava de confirmar que o discurso é fluído, com uma escrita que agarra os leitores e e cria, nos momentos certos, acção intrincada com mestria e angústia, sempre numa abordagem ficcional o mais aproximada possível à realidade. Para quem gosta de História e ainda não conhece esta mulher de mão cheia, não percam a oportunidade de a descobrir a fundo. Se tiver tanto sucesso de vendas como o volume anterior, suspeito que o próximo volume não demore muito a sair!

Cláudia
Sobre a autora:
 
Maratonista de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.

Comentários