A Odisseia de Homero: As Aventuras de Ulisses, Herói da Grécia Antiga,
adaptação de João de Barros
Edição/reimpressão: 2020
Páginas: 140
Editor: Cultura Editora
Sinopse:
Livro recomendado para o 7º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.
A Odisseia de Homero, a obra clássica que conta as façanhas de Ulisses, herói da Grécia Antiga, disponível para todos os públicos numa prosa acessível e divertida, adaptada por João de Barros.
A gloriosa história de Ulisses do homem de mil façanhas e ardis, do herói que, depois do cerco, da tomada e do incêndio de Tróia, cidade célebre da Ásia Menor visitou as cidades mais diversas, conheceu gentes estranhas e enfeitiçou a alma de povos distantes. Num frágil navio, errou sobre as ondas incertas, cheio de angústia, consumido pela aflição, perseguido por monstros cruéis, abandonado de socorros. Tudo venceu. Ulisses resistiu aos piores perigos e aos maiores sofrimentos. E as suas aventuras foram tão surpreendentes e a sua coragem tão excepcional que o tornaram imortal na memória de gerações.
Rating: 3/5
Comentário: Não posso começar a falar deste livro sem abordar a adaptação pelo olhar do adaptador. João de Barros nasce no final do séc. XIX., e ocupou papéis de pedagogo e escritor, para além de político. Esteve ligado à educação pelas posições políticas que ocupou, e adaptou alguns clássicos da literatura para os jovens, em prosa. Passados 40 anos, alunos do 2º ciclo continuam a ler esta adaptação e a estudá-la em ambiente escolar. Há várias edições no mercado, e a Cultura Editora junta a mais recente versão.A Odisseia, escrita por Homero, é uma das epopeias históricas da Antiguidade Clássica, e centra-se na vida de Ulisses, e no seu percurso em direcção a casa, à mulher, e ao filho ao longo de 20 anos.
A adaptação encurta a história sensivelmente (foram adaptados 15 capítulos das 24 secções originais) e a abordagem é bastante ligeira e adaptada a uma faixa etária mais jovem (para adolescentes, aconselho a versão adaptada por Frederico Lourenço). É uma introdução simples, sem ser simplista, e que contempla as variâncias e peripécias do Herói, seguindo a lógica da narrativa original.
Não sei dizer se a adaptação teve alterações ao longo do tempo para corresponder ao léxico corrente de cada época de publicação, ou se se manteve intacta à adaptação original. De qualquer forma, tratando-se de uma estória intemporal, foi fácil realizar o casamento entre a expressão linguística e o momento presente. Apesar de uma estória clássica escrita em VIII a.C., a aventura, o combate ao Desconhecido e aos monstros (e do medo para além da aventura),
será sempre uma produção facilmente reproduzivel ao longo dos tempos, independentemente do Tempo
Histórico.
Ao acompanhar-se de pequenas ilustrações, permite que jovens menos aptos à leitura possam auxiliar a imaginação na reprodução do texto lido, e são uma pequena delícia.
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Cláudia
Sobre a autora:
Maratonista
de bibliotecas, a Cláudia lê nos transportes públicos enquanto observa o
Mundo pelo canto do olho. Defensora da sustentabilidade e do
voluntariado, é tão fácil encontrá-la envolvida num novo projeto como a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.
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