de Lois Lowry
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 240
Editor: Everest Editora
Resumo:
A sociedade em que vive Jonas é a perfeita descrição do mundo perfeito.
Tudo está sob controlo: não há cores, não há música, não há guerras nem
possibilidades de eleição. Cada pessoa ajusta-se às Normas da sua
Comunidade. Quando Jonas atinge os 12 anos e deve ser-lhe atribuída uma
profissão, é eleito para uma função muito especial e única na sua
comunidade. Na sua formação descobrirá as verdades subjacentes à frágil
perfeição do seu mundo.
Considerado um dos 100 melhores livros da
história da literatura juvenil, aborda temas tão importantes como a
liberdade, o controlo da informação, o medo, os sentimentos, a
amizade...
Rating: 4/5
Comentário:
Como disse a determinado ponto da minha leitura no GR, o que me fascina nos mundos distópicos é ver até que ponto as pessoas estão dispostas a ir para negarem as suas emoções. Como estamos dispostos a sacrificar o que nos torna humanos para sermos todos iguais e sermos livres da "dor" e do "mal".
Este é um livro que me é bastante difícil comentar devido às emoções que me provoca. Estas emoções de raiva, dor e alegria que me consomem, que me consumiram, ao ler a história de Jonas devem-se principalmente a uma certa empatia que criei com ele. Porque a criei? Nem sei explicar ao certo, só sei que Jonas me cativou com a sua história e com a sua maneira inocente de ver e compreender o mundo sem no entanto perder a capacidade de o "julgar".
Este é um livro que me é bastante difícil comentar devido às emoções que me provoca. Estas emoções de raiva, dor e alegria que me consomem, que me consumiram, ao ler a história de Jonas devem-se principalmente a uma certa empatia que criei com ele. Porque a criei? Nem sei explicar ao certo, só sei que Jonas me cativou com a sua história e com a sua maneira inocente de ver e compreender o mundo sem no entanto perder a capacidade de o "julgar".
O Dador de Memórias é um livro directo que trata a questão do que nos faz sentir seguros sem rodeios. A sociedade de Jonas foi aperfeiçoada ao ponto em que tudo é escolhido para nós, até os nossos filhos, que na realidade não são nossos, são de mulheres que foram escolhidas para conceber crianças que são posteriormente distribuídas pelas famílias. Uma sociedade que restringe as crianças a apenas terem "um objecto de conforto" (peluche) e que as obriga a livrarem-se dele aos 10 anos de idade.
Esta sociedade que esquematiza a vida para que as pessoas não encontrem nada fora do normal, para que não haja surpresas é completamente aterradora mas ao mesmo tempo completamente possível. Quantas pessoas não conhecem que se queixam de tudo e mais alguma coisa? E se prometessem a essas pessoas uma vida calma e serena onde elas não teriam necessidades porque a sociedade trata de tudo?
A sociedade trata que todos tenham casas, comida e empregos. A sociedade trata da nossa saúde, trata das nossas emoções (retirando-as) e trata até das nossas memórias embelezando tudo ao ponto de a vida ser quase plastificada.
Apesar de ser um livro infantil achei que estava nas mãos com um livro bastante cru e duro. Creio que a autora faz passar perfeitamente o seu ponto ao longo de toda a história. Quem somos nós sem lembranças? Quem somos nós sem emoções? Será que uma sociedade completamente organizada é a solução para sermos mais felizes? Será que há algo que possamos fazer para o mudar?
Jonas, o nosso herói é apenas um rapaz de doze anos, um Doze como é chamado, e é escolhido para uma função fora do normal devido às suas capacidades fora do normal . Tirando isso é uma criança como as outras que foi educada da mesma maneira e que sempre viu a vida como os seus amigos viram. É por isso que principio Jonas sente receio da sua nova missão, do nosso trabalho que tem em mãos mas estes receios são rapidamente superados quando ele se apercebe do que está errado na sua sociedade. As conversas que vai tendo com o Dador de Memórias abrem feriadas profundas numa sociedade que se esforça por esquecer o que não é bonito e Jonas começa a sofrer por se saber incompreendido pelas pessoas que ama.
Um livro fascinante que recomendo a todos os que gostam de distopias e de pensar sobre elas pois este é também um livro que nos fala muito de memórias e cores e de como elas moldam todo o nosso mundo. Achei-o bonito, poético e directo ao ponto, uma das melhores distopias que já li com um final que nos deixa a pensar.
Esta sociedade que esquematiza a vida para que as pessoas não encontrem nada fora do normal, para que não haja surpresas é completamente aterradora mas ao mesmo tempo completamente possível. Quantas pessoas não conhecem que se queixam de tudo e mais alguma coisa? E se prometessem a essas pessoas uma vida calma e serena onde elas não teriam necessidades porque a sociedade trata de tudo?
A sociedade trata que todos tenham casas, comida e empregos. A sociedade trata da nossa saúde, trata das nossas emoções (retirando-as) e trata até das nossas memórias embelezando tudo ao ponto de a vida ser quase plastificada.
Apesar de ser um livro infantil achei que estava nas mãos com um livro bastante cru e duro. Creio que a autora faz passar perfeitamente o seu ponto ao longo de toda a história. Quem somos nós sem lembranças? Quem somos nós sem emoções? Será que uma sociedade completamente organizada é a solução para sermos mais felizes? Será que há algo que possamos fazer para o mudar?
Jonas, o nosso herói é apenas um rapaz de doze anos, um Doze como é chamado, e é escolhido para uma função fora do normal devido às suas capacidades fora do normal . Tirando isso é uma criança como as outras que foi educada da mesma maneira e que sempre viu a vida como os seus amigos viram. É por isso que principio Jonas sente receio da sua nova missão, do nosso trabalho que tem em mãos mas estes receios são rapidamente superados quando ele se apercebe do que está errado na sua sociedade. As conversas que vai tendo com o Dador de Memórias abrem feriadas profundas numa sociedade que se esforça por esquecer o que não é bonito e Jonas começa a sofrer por se saber incompreendido pelas pessoas que ama.
Um livro fascinante que recomendo a todos os que gostam de distopias e de pensar sobre elas pois este é também um livro que nos fala muito de memórias e cores e de como elas moldam todo o nosso mundo. Achei-o bonito, poético e directo ao ponto, uma das melhores distopias que já li com um final que nos deixa a pensar.
- Este livro faz parte de um quarteto;
- O segundo volume "Em Busca do Azul" e o terceiro volume "O Mensageiro" já foram publicados em português pela Everest Editora;
- O quarto volume "Son" ainda não se encontra disponível em português. (12/12/12)
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