de Lauren Oliver
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 336
Editor: Hodder & Stoughton General Division
Resumo:
I'm pushing aside the memory of my nightmare, pushing aside thoughts of Alex, pushing aside thoughts of Hana and my old school, push, push, push, like Raven taught me to do.
The old life is dead. But the old Lena is dead too. I buried her. I left her beyond a fence, behind a wall of smoke and flame.
The old life is dead. But the old Lena is dead too. I buried her. I left her beyond a fence, behind a wall of smoke and flame.
Rating: 4/5
Comentário:
(Atenção este comentário conterá spoilers do primeiro volume!)
Depois da Cláudia ter comentado o primeiro volume desta saga, Delirium, é agora a minha vez de comentar a sua continuação, com Pandemonium. Da primeira vez que comecei a ler esta sequela tive de parar porque o livro não me fazia sentido. Tinha acabado de ler o Delirium há pouco tempo e a mudança brusca na narrativa deu-me um "nó no cérebro" e não me deixava entrar no rumo da história.
Tive por isso de esperar alguns meses antes de poder voltar a pegá-lo a sério e dar continuação a esta saga. Sou da mesma opinião da Cláudia, que diz que Oliver é genial a construir personagens e as suas relações. Há algo de verdade, de real, na Lena e em todos os que a rodeiam; existem alturas na história em que quase os podemos tocar.
No primeiro livro, à medida que seguimos Lena ao longo da sua aventura, é fácil relacionarmos-nos com ela e percebermos as suas dúvidas e incertezas. Sim, porque Lena é uma personagem que acredita cegamente no regime onde foi educada, um regime que dita que o amor é uma doença mortal e que todos se devem submeter a uma operação que retira a capacidade de amar. Lena acredita nisto e conta os dias para a sua operação, que a salvará desta doença, como maior parte dos adolescentes contam os dias que faltam para um concerto ou lançamento de um livro.
E assim, ao longo do primeiro livro vemos a Lena soltar-se das suas amarras e a aprender a "voar" como ela diz.
No segundo livro, no entanto, encontramos duas Lenas: a Lena do "Now" e a Lena do "Then"; e elas tem objectivos diferentes, maneiras de ver a vida diferentes e medos diferentes. Ao dividir o seu segundo livro em duas linhas de tempo, Lauren puxou o tapete aos seus fãs e deixou-nos perdidos durante quase dois capítulos até percebermos ao certo o que se estava a passar.
Deixem-me tentar explicar-vos o que se passa quando começamos a ler este livro: o primeiro capítulo é "Now" e creio que todos esperávamos uma continuação quase imediata ao fim explosivo de Delirium, mas aquilo que encontramos é Lena sentada calmamente numa sala de aulas. O leitor começa a erguer curioso uma sobrancelha, e quando o capítulo acaba nem sabemos bem o que se vai passar. Entramos então num capítulo "Then" (os únicos dois nomes que todos os capítulos terão para percebermos os saltos no tempo) e subitamente voltamos ao exacto momento em que Delirium terminou.
Quer isto dizer que a linha "Now" passa-se alguns meses após o fim de Delirium enquanto a linha "Then" se passa imediatamente a seguir. Para quem acabou de ler o primeiro livro apenas com uma linha de tempo compreende-se a dificuldade em entrar neste segundo livro. Mas após o choque inicial e percebendo a maneira como o livro se processa torna-se fácil entrar na história e tornar a acompanhar Lena nas suas aventuras.
Depois do fim suspenso de Delirium reencontramos, como dizia há pouco, duas Lenas. A Lena do "Then" que é a Lena que deixamos, ainda bastante insegura e sem saber se tomou a decisão certa, sem saber ao certo o seu lugar no mundo e acabada de chegar ao munso dos Wilds; e a Lena do "Now": uma Lena que já passou frio, fome, doença e já ponderou a sua vida de ângulos que nunca achou possíveis, uma Lena que sabe o que é perda mas que aprendeu a erguer a cabeça.
Pandemonium fala-nos das decisões que tomamos e das experiências que nos moldaram e nos levam a tomar essas decisões. É um livro intenso sobre aquilo que acreditamos ser a verdade e sobre as incertezas dos jovens que querem fazer o que está certo mas que nem sempre sabem como. Lena é a imagem de uma rapariga normal que perdeu um amor e está a tentar recuperar, é a imagem de uma jovem perdida dentro das suas inseguranças mas que se levanta todos os dias, é a imagem de uma jovem que volta a aprender a viver num mundo que a quer ver morrer.
Este é um livro sobre amor, esperança, luta e sobrevivência. É a história de um grupo de pessoas que se farta do que é confortável e vai em busca do que acha ser verdade, custe isso o que custar. Dizer mais é entrar em detalhes da história, o que me recuso a fazer para não estragar a surpresa.
Apesar de ter uma abordagem diferente de Delirium não acredito que Pandemonium lhe fique atrás e só não leva cinco estrelas por cair infelizmente num grande cliché do qual eu e a Cláudia já estamos um pouquinho fartas, e que é cada vez mais comum nos livros adolescentes (mas que não revelaremos para não estragar a leitura).
Uma leitura que recomendo, mas não imediatamente a seguir ao Delirium.
Creio que talvez seja mais produtivo para os leitores lerem entre os volumes um e dois, as short-stories Hana e Annabel ( não a Raven, pois contêm spoilers do segundo volume!).
(Atenção este comentário conterá spoilers do primeiro volume!)
Depois da Cláudia ter comentado o primeiro volume desta saga, Delirium, é agora a minha vez de comentar a sua continuação, com Pandemonium. Da primeira vez que comecei a ler esta sequela tive de parar porque o livro não me fazia sentido. Tinha acabado de ler o Delirium há pouco tempo e a mudança brusca na narrativa deu-me um "nó no cérebro" e não me deixava entrar no rumo da história.
Tive por isso de esperar alguns meses antes de poder voltar a pegá-lo a sério e dar continuação a esta saga. Sou da mesma opinião da Cláudia, que diz que Oliver é genial a construir personagens e as suas relações. Há algo de verdade, de real, na Lena e em todos os que a rodeiam; existem alturas na história em que quase os podemos tocar.
No primeiro livro, à medida que seguimos Lena ao longo da sua aventura, é fácil relacionarmos-nos com ela e percebermos as suas dúvidas e incertezas. Sim, porque Lena é uma personagem que acredita cegamente no regime onde foi educada, um regime que dita que o amor é uma doença mortal e que todos se devem submeter a uma operação que retira a capacidade de amar. Lena acredita nisto e conta os dias para a sua operação, que a salvará desta doença, como maior parte dos adolescentes contam os dias que faltam para um concerto ou lançamento de um livro.
E assim, ao longo do primeiro livro vemos a Lena soltar-se das suas amarras e a aprender a "voar" como ela diz.
No segundo livro, no entanto, encontramos duas Lenas: a Lena do "Now" e a Lena do "Then"; e elas tem objectivos diferentes, maneiras de ver a vida diferentes e medos diferentes. Ao dividir o seu segundo livro em duas linhas de tempo, Lauren puxou o tapete aos seus fãs e deixou-nos perdidos durante quase dois capítulos até percebermos ao certo o que se estava a passar.
Deixem-me tentar explicar-vos o que se passa quando começamos a ler este livro: o primeiro capítulo é "Now" e creio que todos esperávamos uma continuação quase imediata ao fim explosivo de Delirium, mas aquilo que encontramos é Lena sentada calmamente numa sala de aulas. O leitor começa a erguer curioso uma sobrancelha, e quando o capítulo acaba nem sabemos bem o que se vai passar. Entramos então num capítulo "Then" (os únicos dois nomes que todos os capítulos terão para percebermos os saltos no tempo) e subitamente voltamos ao exacto momento em que Delirium terminou.
Quer isto dizer que a linha "Now" passa-se alguns meses após o fim de Delirium enquanto a linha "Then" se passa imediatamente a seguir. Para quem acabou de ler o primeiro livro apenas com uma linha de tempo compreende-se a dificuldade em entrar neste segundo livro. Mas após o choque inicial e percebendo a maneira como o livro se processa torna-se fácil entrar na história e tornar a acompanhar Lena nas suas aventuras.
Depois do fim suspenso de Delirium reencontramos, como dizia há pouco, duas Lenas. A Lena do "Then" que é a Lena que deixamos, ainda bastante insegura e sem saber se tomou a decisão certa, sem saber ao certo o seu lugar no mundo e acabada de chegar ao munso dos Wilds; e a Lena do "Now": uma Lena que já passou frio, fome, doença e já ponderou a sua vida de ângulos que nunca achou possíveis, uma Lena que sabe o que é perda mas que aprendeu a erguer a cabeça.
Pandemonium fala-nos das decisões que tomamos e das experiências que nos moldaram e nos levam a tomar essas decisões. É um livro intenso sobre aquilo que acreditamos ser a verdade e sobre as incertezas dos jovens que querem fazer o que está certo mas que nem sempre sabem como. Lena é a imagem de uma rapariga normal que perdeu um amor e está a tentar recuperar, é a imagem de uma jovem perdida dentro das suas inseguranças mas que se levanta todos os dias, é a imagem de uma jovem que volta a aprender a viver num mundo que a quer ver morrer.
Este é um livro sobre amor, esperança, luta e sobrevivência. É a história de um grupo de pessoas que se farta do que é confortável e vai em busca do que acha ser verdade, custe isso o que custar. Dizer mais é entrar em detalhes da história, o que me recuso a fazer para não estragar a surpresa.
Apesar de ter uma abordagem diferente de Delirium não acredito que Pandemonium lhe fique atrás e só não leva cinco estrelas por cair infelizmente num grande cliché do qual eu e a Cláudia já estamos um pouquinho fartas, e que é cada vez mais comum nos livros adolescentes (mas que não revelaremos para não estragar a leitura).
Uma leitura que recomendo, mas não imediatamente a seguir ao Delirium.
Creio que talvez seja mais produtivo para os leitores lerem entre os volumes um e dois, as short-stories Hana e Annabel ( não a Raven, pois contêm spoilers do segundo volume!).
- Para verem tudo o que já comentamos de Lauren Oliver cliquem aqui.
Comentários
Enviar um comentário