A Feira do Livro de Lisboa tornou-se numa descoberta pessoal tinha eu 13/14 anos. Quando era mais nova não tinha muitos amigos que gostassem de ler (ou que o fizessem abertamente. Acho que os últimos 10 anos apagaram o estigma e o tabu de gostar de ler em qualquer idade, sem que isso nos defina). No entanto, ainda tinha uma amiga que gostava de ler ainda mais do que eu (gosto provavelmente influenciado pela presença de dois pais professores em casa). E foi pela mão dela que fui parar ao mundo que se cria em pleno Parque Eduardo VII todos os anos. Com um orçamento definido e imensos stands por percorrer, os pais delas deixavam-nos ir sozinhas procurar o que nos interessava enquanto eles iam procurar livros que lhes interessassem. Acompanhei-os mais uns 2/3 anos, até que por motivos pessoais acabámos por não conseguir repetir a façanha.
O meu primeiro ano de faculdade trouxe-me de volta à feira do livro, desta feita já sozinha, o que por vezes era preferível já que para ver a feira em condições muitas vezes demorei 2 e 3 horas para percorrer aqueles corredores ao ar livre (sem chuva que me demovesse durante as alturas em que foi realizada em Abril) e não conheço muitas pessoas que me aturassem durante tanto tempo.
Já não ia lá há dois anos. Em 2013 matei saudades deste espaço que gosto tanto e tive uma experiência diferente. Este último ano e meio de Blog, de GoodReads e de grupos de trocas de livros no Facebook trouxeram-me novas pessoas tão ou ainda mais malucas por livros do que eu, sendo que algumas tenho tido a oportunidade de conhecer melhor, aqui e ali.
No passado sábado, dia 25 de Maio, enquanto a Ki continua por terras de Sua Majestade, estive pela feira num evento organizado pelo Blog Efeito dos Livros - um Piquenique Literário (como já tiveram a oportunidade de ver através do nosso Facebook). A ideia foi juntar bloggers, escritores, seguidores dos blogs, enfim, qualquer interessado em livros que tivesse interesse em ir. Apareceram várias pessoas, muitas já com cara atribuida virturalmente (e que foi ver em carne e osso), outras que desconhecia porque apesar do mundo cibernáutico não ser assim tão grande, por vezes ainda nos traz surpresas.
Assim sendo, tive a oportunidade de trocar dedos de conversa com várias pessoas (para além da Cris e da Elsa, organizadoras do evento - sem esquecer o "Caracol Literário"), das quais destaco (sem qualquer prejurativo para as restantes, apenas estive mais um bocadinho com estas) a Ni Rodrigues do Tertúlias à Lareira, a Sofia Teixeira do Blog BranMorrighan, a Patrícia do Girl in Chaise Longue, a Joana do Histórias de Elphaba, a Ivonne do Desejos de Alma. E de rever outras tantas caras, de forma a matar saudades, como a Mafi do Algodão Doce para ao Cérebro, a Vera da Menina dos Policiais ou a Vânia Boavida, uma das dinamizadoras de um grupo de troca livros no facebook com mais de 2000 utilizadores.
O dia estava super caloroso, nunca vi a feira tão cheia como naquele fim-de-semana. As iniciativas eram variadas, o espaço continua aprazível como sempre e as solas dos sapatos ficaram mais gastas de tanto andar para cima e para baixo.
Para finalizar, há que destacar a simpatia dos autores que tive a oportunidade de conhecer, tanto no piquenique como um pouco por toda a feira. O Miguel Miranda (autor de "A Paixão de K") brindou os participantes do piquenique com uns pregos literários, fui cuscar a sessão de autógrafos e pôr a conversa em dia com a querida Liliana Lavado (autora do "Inverno de Sombras"), e ainda tive a oportundidade de conhecer o Nuno Nepumoceno - autor de "O Espião Português" (que para além de ser extremamente simpático, quis colaborar com o Encruzilhadas Literárias num passatempo a começar amanhã, pelo que estejam atentos!).
Com a escritora Liliana Lavado (autora do "Inverno de Sombras").
Com a Vera Brandão (Blog Menina dos Policiais), Nuno Nepomuceno (autor de "O Espião Português") e Sofia Teixeira (Blog BranMorrighan).
Cláudia
Sobre a autora:
Maratonista de bibliotecas e bookcrossing, a Cláudia ainda consegue estudar e fazer o seu mestrado enquanto lê nos transportes públicos. Defensora da sustentabilidade e do voluntariado é tão fácil encontrá-la numa biblioteca como na Rota Jovem em Cascais. É uma sonhadora e gosta de boas histórias, procurando-as em cada experiência que vive.
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