Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 232
Editor: Editorial Presença
Resumo:
Nunca saberás o que vais encontrar...
Raphael, Gardo e Ratazana vivem em Behala, uma lixeira de proporções
inimagináveis num país do Terceiro Mundo. Todos os dias, a sua vida
resume-se a passar a pente fino os detritos provenientes da cidade na
esperança de encontrarem algo que possa ser vendido. Um dia, descobrem
uma pequena mala de cabedal que contém dinheiro e alguns documentos
pessoais. Mas a polícia também está interessada em ficar com a mala, e
os três rapazes dão por si a ser perseguidos à medida que tentam
desvendar um caso de corrupção que envolve as mais altas esferas da
sociedade.
(Para verem o livro no site da editora cliquem no título do mesmo ou aqui, para lerem um excerto no site da editora cliquem aqui)
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Rating: 3/5
Comentário:
Quem nos segue habitualmente é capaz de já ter notado que temos uma tag especial para a colecção Noites Claras da Editorial Presença. Criámo-la quando descobrimos que já tínhamos lido muitos dos livros desta colecção e mais, quando nos apercebemos o quanto gostamos deles e o quanto eles nos mantêm a pé a noite toda fazendo jus ao nome da colecção!
Trash é um livro diferente do que esperava inicialmente: a narrativa é contada principalmente na primeira pessoa pelos três rapazes que trabalham na Lixeira - Gardo, Raphael e Ratazana - assim como por outros intervenientes que explicam as partes a que os rapazes não tiveram acesso. De um modo estranho, estas personagens surgem, garantindo estar a relatar os espisódios que testemunharam a pedido dos rapazes. No entanto, tendo em conta o decorrer do livro, não fica esclarecido de que forma tal era possível (mas isto são detalhes irrelevantes para a história).
O resumo do livro é claro e directo. O livro não dá muito mais voltas e reviravoltas, sendo uma narrativa simples, directa e carregada de acção (ao fim ao cabo...são rapazes!). Deste modo, não esperem frases confusas e/ou profundas, reflexões, palavreado caro...Trash está escrito como uma representação da história e vida de três rapazes, e são as suas palavras que a transformam em realidade (revelando um dos talentos de Andy Mulligan ao consegui-lo).
Quando ao enquadramento, temos um cenário de pobreza imensa. Estas crianças trabalham há quase uma década na lixeira e que têm apenas treze anos, o que facilita a aproximação entre o leitor e elas, que não consegue evitar uma sensação de ligação e empatia por eles.
No geral, devo dizer que achei o livro interessante. Considero no entanto que falta um pouco de realismo no meio da ficção, soando por vezes demasiado "sortudo". Conhecem aquela sensação que temos quando os personagens começam a ter sorte a mais? Essa impressão acompanhou-me um bocado durante este livro, e por vezes esperei que a história ganhasse um contorno ligeiramente diferente. Geralmente sou muito tolerante a este tipo de situações, principalmente nos mundos de fantasia (porque num mundo em que dragões voam pelos céus uma pessoa até consegue acreditar que se venda sorte engarrafada), mas quando se tenta criar uma base real, quando a história se passa no nosso mundo, parece-me algo caricato.
Ainda assim, é um livro essencialmente orientado para um público mais jovem (talvez pré adolescentes e adolescentes) que gostem e procurem um livro ao jeito de filmes de domingo - cheios de acção com polícias, políticos corruptos e rapazes que sobrevivem a toda e qualquer complicação que lhes surja, como elemento de esperança para dias melhores. É pequeno (pelo menos para quem acha que 250 páginas é um tamanho razoável), que se lê facilmente, e que por esse motivo pode ser incentivador para promover a leitura entre os mais novos. Saí daqui com três estrelas.
O resumo do livro é claro e directo. O livro não dá muito mais voltas e reviravoltas, sendo uma narrativa simples, directa e carregada de acção (ao fim ao cabo...são rapazes!). Deste modo, não esperem frases confusas e/ou profundas, reflexões, palavreado caro...Trash está escrito como uma representação da história e vida de três rapazes, e são as suas palavras que a transformam em realidade (revelando um dos talentos de Andy Mulligan ao consegui-lo).
Quando ao enquadramento, temos um cenário de pobreza imensa. Estas crianças trabalham há quase uma década na lixeira e que têm apenas treze anos, o que facilita a aproximação entre o leitor e elas, que não consegue evitar uma sensação de ligação e empatia por eles.
No geral, devo dizer que achei o livro interessante. Considero no entanto que falta um pouco de realismo no meio da ficção, soando por vezes demasiado "sortudo". Conhecem aquela sensação que temos quando os personagens começam a ter sorte a mais? Essa impressão acompanhou-me um bocado durante este livro, e por vezes esperei que a história ganhasse um contorno ligeiramente diferente. Geralmente sou muito tolerante a este tipo de situações, principalmente nos mundos de fantasia (porque num mundo em que dragões voam pelos céus uma pessoa até consegue acreditar que se venda sorte engarrafada), mas quando se tenta criar uma base real, quando a história se passa no nosso mundo, parece-me algo caricato.
Ainda assim, é um livro essencialmente orientado para um público mais jovem (talvez pré adolescentes e adolescentes) que gostem e procurem um livro ao jeito de filmes de domingo - cheios de acção com polícias, políticos corruptos e rapazes que sobrevivem a toda e qualquer complicação que lhes surja, como elemento de esperança para dias melhores. É pequeno (pelo menos para quem acha que 250 páginas é um tamanho razoável), que se lê facilmente, e que por esse motivo pode ser incentivador para promover a leitura entre os mais novos. Saí daqui com três estrelas.
- Podem ver todos os livros que já comentamos da colecção Noites Claras clicando aqui;
- Apesar de nunca ser referido o país em que se passa a acção, vários leitores das Filipinas conseguiram situar a acção no seu país (onde há uma lixeira com o mesmo nome e um shopping com uma história parecida à do livro).
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