Maze Runner
Correr ou Morrer
de James Dashner
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 400
Editor: Editorial Presença
Correr ou Morrer
de James Dashner
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 400
Editor: Editorial Presença
Resumo:
Quando desperta, não sabe onde se encontra. Sons metálicos, a trepidação, um frio intenso. Sabe que o seu nome é Thomas, mas é tudo. Quando a caixa onde está para bruscamente e uma luz surge do teto que se abre, Thomas percebe que está num elevador e chegou a uma superfície desconhecida. Caras e vozes de rapazes, jovens adolescentes como ele, rodeiam-no, falando entre si. Puxam-no para fora e dão-lhe as boas vindas à Clareira. Mas no fim do seu primeiro dia naquele lugar, acontece algo inesperado - a chegada da primeira e única rapariga, Teresa. E ela traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo. (Podem ler um excerto aqui no site da editora, para verem o livro no site da Editora podem clicar na capa ou aqui.)
Rating: 5/5
Comentário:
Sou uma aficionada da ficção-cientifica e por isso quando a moda das distopias pegou tive de me controlar para não berrar de alegria. É um género completamente fascinante para mim pois acho incrível aquilo que os escritores conseguem fazer com estes mundos distópicos. Depois de distopias como Os Jogos da Fome, União, Delirium e Divergente confesso que não sabia ao certo o que esperar de novo, no entanto as críticas à saga Maze Runner tinham sido bastante positivas, o que me deixou curiosa.
Quando finalmente peguei no livro para ler fui imediatamente transportada para o meio da acção. Tal como o resumo diz, Thomas acorda num elevador e não se recorda de nada - é nesse exacto ponto que começa a nossa narrativa.
As perguntas assaltam-nos portanto logo nos primeiros parágrafos: O que se passou para Thomas ir parar ao elevador? Quem é Thomas? Porque não se lembra de nada? Quando o elevador finalmente pára e abre as suas portas em vez de respostas encontramos mais perguntas: O que é a Clareira? Quem são estes rapazes? O que se está a passar?
Depois de distopias nas quais vamos conhecendo a realidade lentamente a partir de um herói que já a habita há muito, é interessante encontrar um herói que simplesmente está tão perdido quanto nós. Thomas está a ver tudo na Clareira pela primeira vez ao mesmo tempo que nos deparamos com ela, tudo o que o surpreende nos surpreende também e o que ele não percebe, para nós é tão ou mais confuso. O truque acaba por ser fazer-nos sentir tão irritados e perdidos quanto o Thomas e cativar-nos a tentar descobrir mais, visto que a informação vai sendo lentamente libertada.
Isto contribui para um crescendo fantástico de interesse por parte do leitor na história. O próprio tema do labirinto e de solucionar o labirinto invoca algo místico dentro de cada um de nós. Lembro-me de ser pequena e ir ao Monsanto e correr para o labirinto no meio do parque para "achar a saída". Porque os labirintos serem para isso mesmo, para uma pessoa "achar a saída", creio que acabam por ser uma metáfora para a própria busca humana de algo que não sabe o que é para além de uma saída.
E a saída é que os rapazes da clareira procuram, é a saída que Thomas procura e o próprio leitor dá por si também em busca da saída do labirinto. Que labirinto é esse? Só lendo é que o descobrirão!
Quanto à personagem de Thomas posso dizer que é um rapaz normal e esperto e que calça o 45. Facto a que achei imensa piada pois calça o mesmo número que o meu irmão, algo cada vez mais comum mas raramente referido. Posso também dizer que gostei da instintividade de Thomas e da maneira como ele lidou com algumas das situações que lhe foram apresentadas.
O facto de estarmos a descobrir este novo mundo ao mesmo tempo que ele ajuda a criar uma certa cumplicidade com a personagem. Thomas acaba por se tornar nosso amigo enquanto descobrimos o mundo de Maze Runner.
Este é um livro que fala também de quebra cabeças, amizades e de como as pessoas se adaptam à realidade que as rodeia. Um autêntico contemporâneo da saga Os Jogos da Fome.
Com batalhas sangrentas e reviravoltas inesperadas Maze Runner: Correr ou Morrer acabou de entrar na minha lista de distopias favoritas e é uma saga que tenho o maior interesse em seguir.
Quando finalmente peguei no livro para ler fui imediatamente transportada para o meio da acção. Tal como o resumo diz, Thomas acorda num elevador e não se recorda de nada - é nesse exacto ponto que começa a nossa narrativa.
As perguntas assaltam-nos portanto logo nos primeiros parágrafos: O que se passou para Thomas ir parar ao elevador? Quem é Thomas? Porque não se lembra de nada? Quando o elevador finalmente pára e abre as suas portas em vez de respostas encontramos mais perguntas: O que é a Clareira? Quem são estes rapazes? O que se está a passar?
Depois de distopias nas quais vamos conhecendo a realidade lentamente a partir de um herói que já a habita há muito, é interessante encontrar um herói que simplesmente está tão perdido quanto nós. Thomas está a ver tudo na Clareira pela primeira vez ao mesmo tempo que nos deparamos com ela, tudo o que o surpreende nos surpreende também e o que ele não percebe, para nós é tão ou mais confuso. O truque acaba por ser fazer-nos sentir tão irritados e perdidos quanto o Thomas e cativar-nos a tentar descobrir mais, visto que a informação vai sendo lentamente libertada.
Isto contribui para um crescendo fantástico de interesse por parte do leitor na história. O próprio tema do labirinto e de solucionar o labirinto invoca algo místico dentro de cada um de nós. Lembro-me de ser pequena e ir ao Monsanto e correr para o labirinto no meio do parque para "achar a saída". Porque os labirintos serem para isso mesmo, para uma pessoa "achar a saída", creio que acabam por ser uma metáfora para a própria busca humana de algo que não sabe o que é para além de uma saída.
E a saída é que os rapazes da clareira procuram, é a saída que Thomas procura e o próprio leitor dá por si também em busca da saída do labirinto. Que labirinto é esse? Só lendo é que o descobrirão!
Quanto à personagem de Thomas posso dizer que é um rapaz normal e esperto e que calça o 45. Facto a que achei imensa piada pois calça o mesmo número que o meu irmão, algo cada vez mais comum mas raramente referido. Posso também dizer que gostei da instintividade de Thomas e da maneira como ele lidou com algumas das situações que lhe foram apresentadas.
O facto de estarmos a descobrir este novo mundo ao mesmo tempo que ele ajuda a criar uma certa cumplicidade com a personagem. Thomas acaba por se tornar nosso amigo enquanto descobrimos o mundo de Maze Runner.
Este é um livro que fala também de quebra cabeças, amizades e de como as pessoas se adaptam à realidade que as rodeia. Um autêntico contemporâneo da saga Os Jogos da Fome.
Com batalhas sangrentas e reviravoltas inesperadas Maze Runner: Correr ou Morrer acabou de entrar na minha lista de distopias favoritas e é uma saga que tenho o maior interesse em seguir.
- Este livro faz parte de uma trilogia;
- Esta trilogia já foi toda publicada em inglês sendo os títulos dos seguintes volumes The Scorch Trials e The Death Cure;
- Este ano o autor publicou uma prequela chamada "The Kill Order" (e que me parece ser bastante spoiler da série);
- O IMDB acusa que sairá um filme do livro algures em 2013 mas não dá muitos detalhes em relação ao mesmo.
Ki
(Catarina)
Sobre a autora:
Bibliófila assumida e escritora de domingo. Gosta de livros e tudo o que esteja relacionado com eles, tem a mania que tem opiniões sobre livros e gosta de as expor no seu blog conjunto Encruzilhadas Literárias, tem também uma conta no GoodReads e é das melhores coisas que já lhe aconteceu.
encontrei agora este blog, enquanto fazia algumas pesquisas acerca deste livro. Fiquei apaixonada pela história e não sei se esperarei pela tradução em português do próximo livro ou se irei comprá-lo em inglês.
ResponderEliminarOlá t,
ResponderEliminarDesculpa a demora a responder só reparei agora que tinhas comentado.
O segundo volume já saiu em português, por isso podes comprá-lo em português se quiseres.
Se não conseguires esperar depois disso, só mesmo aguardando ou comprando em inglês.
Bjnhs